sábado, 29 de maio de 2010

...

. ?

Quero um ponto, uma pausa pra pensar
Prefiro os pontos, as vírgulas enganam o meu respirar
Insisto em não usar o ponto final, quero usá-lo apenas
na minha última frase do meu último verso.
Enquanto isso habito e saio da coesão, me utilizando apenas
Dos pontos, mas os pontos de fuga

Adriano Morais

os gigabytes estão comendo toda a minha poesia. prefiro ver cores livres de megapixels, tocar e num toque ouvir sons, viver o real e não o virtual. Dando um tempo do virtual (sou nem digimon pra viver no virtual, heehhuahaurs), ainda sou humano(os bites ainda não me corroeram por inteiro, hehersrs).

existem outras formas de comunicação.

sábado, 22 de maio de 2010

ao menos em sonho

ao menos pude estar bem perto de você nos sonhos...

silencio

Nessa noite o caderno me serviu apenas para amortecer as lágrimas e sentir o pulsar frio do coração.
A garganta entalou palavras, versos, nenhuma palavra foi dita, tudo foi sufocado pelo grito agonizante do silencio, o silencio.

sábado, 15 de maio de 2010

A garganta das grandes cidades


De repente me vejo arrodeado de grandes e famintas estruturas de concreto e aço, essas são as grandes e conturbadas cidades, que trazem em suas bocas os enormes prédios onde parecem arranhar céus, ventos e paisagens. Nas suas presas, encontro restos de papéis que diziam passar alguma mensagem quando na realidade mastigavam as nossas mentes, encontro também restos de sacos plásticos que um dia já serviram de lixo para guardarmos os nossos lixos que dizíamos ser luxo. Toda noite esta repugnante boca com hálito de monóxido de carbono cospe dos becos aquilo que mais lhe faz mal, a pobreza que esta pobre mãe esqueceu de criar, cospe crianças que conseqüentemente cospem todo o podre leite que sua mãe lhe deu, quando não, vão para os sinais e pedem um pouco de lixo que um jovem senhor de terno e gravata esconde e coleciona de milhões na sua cueca ou na sua carteira.
O corpo desta cidade é tão podre quanto sua boca, é áspero, é quente, é feito de pixe e pedras (as mesmas que cobrem o coração das grandes populações); é sujo e cheio de detritos que ela esqueceu de devorar, por este corpo passeiam diversos tipos de animais, deles o mais freqüente é o rato, ratos famintos por estes detritos, ratos bem vestidos que roubam para se vestir de ganância, ratos que se amedrontam e simplesmente esperam de outros ratos um milagre, e se vendem por alguns trocados, ou se trocam sem ao menos pensar em se vender e ratos que caem de uma forma ou de outra na grande ratoeira que foi armada para pegar-lhes. Também me vejo como um rato nesta sociedade, não como estes citados, porém como aquele que não descansa de importunar aqueles que um dia se cansarão de me importunar.
Adriano Morais
23.03.08

terça-feira, 11 de maio de 2010

éé, um homem de lata.


De repende Doroth, escuta um gemido agonizante.
- Que será isso? – pergunta a menina, apreensiva.
- Nem imagino, parece que vem daquele lado.
Outro gemido, mais dolorido ainda.
- Também acho. Vamos lá – ordena Dorothy.
Totó sai na frente, latindo. A menina e o Espantalho seguem atrás. Poucos metros adiante avistam um homem deitado ao lado de uma árvore tombada. Aproximam-se mais e viram que ele era feito de lata e estava completamente imóvel, segurando numa das mãos o machado, como se estivesse encantado por uma bruxa.
- Bom dia, rapaz – cumprimenta Dorothy.
- Bom dia, menina – responde o Homem de Lata, gentilmente.
- Você gemeu?
- Sim. Há mais de um ano faço isso, mas ninguém aparece para me socorrer.
- Podemos ajudá-lo?
- Pode, sim...
_ Por favor me ajuda a encontrar um novo coração???

domingo, 9 de maio de 2010

a maçã

...Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais


Raul Seixas

sábado, 8 de maio de 2010

silencio

nesses últimos dias o silêncio é gritante
nenhuma frase foi dita,as palavras me engasgam e sufocam meu coração
nenhum verso foi escrito, os pensamentos travam, e , por não saber como terminar este escrito. DESISTO...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

... por que??

"ei baby por que você fugiu, por que você fingiu que não me viu"...