terça-feira, 27 de abril de 2010

Tempo, Tento, Vento

Prefiro me esquecer do TEMPO
Prefiro dizer que rimar eu TENTO
Não quero paredes, quero apenas um abraço do VENTO.

Adriano Morais
27.04.10

VER-TI (GEM)

TE
VER
VER
TI
GEM
GENTE VER
TI TER
TER VERTIGEM
TI TER
TI VER
TIVER VERTIGEM
TVER
TVE
E desligar a TV

Adriano Morais
27.04.10

ahh coração

será tempo de dar um pause no coração???

segunda-feira, 26 de abril de 2010

VIDA DIVIDA!!!

O som da noite
O sol do dia
O ser da vida
O ser dar vida
A vida de noite
A vida de dia
A vida de vida
A vida Divida!!!

Adriano Morais
27.04.10

que solidão errante até tua companhia

Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,

que solidão errante até tua companhia!

Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,

Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.

Em taltal não amanhece ainda a primavera.

juntos desde a roupa às raízes,

juntos de outono, de água, de quadris,

até ser só tu, só eu juntos.

Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,

a desembocadura da água de Boroa,

tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos

pensar que separados por trens e nações

com todos confundidos, com homens e mulheres,

com a terra que implanta e educa cravos.

Pablo Neruda

domingo, 25 de abril de 2010

desperta-DOR

O vento abraça e traz a palavra saudade
A rede abraça e segura meus abraços
Os sonhos abraçam todo o teu corpo
O tempo abraça... ???
TIC TAC, tic TAC, tic TAC!!!!
pim, pim, pim!!! Pim, pim, pim
Despertador, tempo quimera, não abraça
Leva embora todos os meus sonhos, todos os abraços da minha rede
E agarra ferozmente a saudade
Fazendo valer seu nome: desperta-DOR

talvez te ame...

talvez precise de colchão, talvez baste o chão
talvez no vigésimo andar, talvez no porão
talvez eu mate o que fui
talvez imite o que sou
talvez eu tema o que vem
talvez te ame ainda
sem você
sem você
sem você
sem você

sábado, 24 de abril de 2010


No verão acordo com o SOL maior até que entre bemóis e sustenidos, no inverno ele passe para LÀ

Adriano Morais

Homem


Não sei se dos astros ou dos australoptecos, fui das cavernas hoje dos botecos
Tento encontrar a razão da minha existência; seja na religião, evolução ou na ciência
Homo-habilis, erectus, homo neanderthal, homicidas, sou homúnculo, o falso original
Sou da roda de pedra, sou da bola dita terra, sou da roda de ciranda, já rondei por toda era
Sou água, fogo, sou ar e sou terra, o quinto elemento, faço paz e refaço a guerra

Na religião a criação e o criador na ciência, sou do mais útil inventor a mais fútil experiência
Sou palestino, africano, asiático e judeu. Católico, evangélico, budista, espírita e ateu
Em um minuto me santifico, falo profecias; Noutro sou profano e me restam as heresias
Capturo capítulos para me libertar, não me diversifico estaguino-me no mesmo lugar
Hipócrita por natureza, mentiras desde pequeno, sou o antibiótico pro meu próprio veneno

Convivo com o real, porém vivo na ilusão. Nas minhas vivências, um artista copiando a criação
Criei a arte para desfazer-me de um DEUS, criei O SALVADOR para resolver os problemas meus
Passei por filosofias para saber da minha era, passei por armas para alimentar minha quimera
A superioridade, esse é meu único vício, no soneto da vida procuro o fim, o meio e o início


Adriano Morais

quinta-feira, 22 de abril de 2010

sonhos, prefiro o açúcar refinado e o recheio dos sonhos q a realidade



Hoje tive um sonho
Sonhei que podia voar
Sonhei que era um guerreiro em seu cavalo a cavalgar
Fazia dos moinhos, os gigantes mais poderosos do universo
E dos passarinhos, as rimas mais bonitas de um verso

Hoje tive um sonho
Sonhei com paixão, paz e uma flor
Sonhei que em uma aquarela, tomava banho numa cor
Fazia da vida uma eternidade em apenas um segundo
Em pouca quantidade de azul, me banhava no mar mais profundo

Hoje tive um sonho
Sonhei que nada podia me machucar
Sonhei que a minha vida ia mudar
Corria e não tinha medo de cair
Como não mudava preferia dormir

Hoje tive um sonho
Sonhei que o real era somente um sonho
Sonhei que o sonho me fazia real
Eu era apenas parte do meu sonho
O meu sonho nos meus sonhos era viver o surreal.

Adriano Morais
29.07.08

engarrafamentos


Engarrafamentos, engarrafam mentes, engarrafam tudo
Nesta fábrica de robôs.
Enquanto isso, engarrafo um verso destilado
Espero que ele chegue do outro lado do atlântico.

Adriano Morais

mãos, cores e calos



Em minhas mãos vejo cores e calos,
Não me calo, pois tenho as cores.
Nas cores, minhas lutas, por isso os calos.

Adriano Morais
01.05.09

quarta-feira, 21 de abril de 2010

cores, dores e amores




Cores, dores e amores que residem na minha existência
E fazem do daltonismo algo inexistente nas minhas vivências
Pois as cores dão forma aos meus sonhos,
Dão sombra as minhas dores e luz aos meus amores

Cores primárias, que nos primórdios foram utilizadas
E foram colocadas nos primeiros pensamentos
Que nas minhas primeiras percepções de mundo
Ainda não conseguiam se misturar com outras idéias

Cores secundárias que fez fecundar minha ideologia
Que no segundo momento da minha vida
Percebi que precisava apenas de um momento
Para que um simples pensamento se transformasse numa ação

E as terciárias se misturaram com todos os meus ideais
Com minhas idéias e viagens mais loucas que já fiz
E viajando sem sair do lugar,
Percebi que esta era a melhor maneira de se chegar a algum lugar

Cores quentes, do vermelho e amarelo me aqueci, afinal,
Nas lembranças mais frias, recordei-me que “o Pôr-do-sol existe”
Cores frias, me acalmei com o azul mais puro desta aquarela
Pois percebi que podia me purificar nos resíduos impuros da vida

Dei-me conta que as Tonalidades se formam das mais distintas visões
E quando percebi que a união das cores formava um arco-íris
Percebi mais ainda que a união das pessoas mais distintas
Começava de uma forma ou de outra através das cores.
Adriano Morais
02.05.08

o pescador

Toda noite era a mesma coisa, o velho pescador saia em seu barco para pescar estrelas, na maioria das vezes sua pesca findava em inúmeras constelações dentro de seu samburá.

Todavia, um dia ele decidiu soltar todas as estrelas, e como vaga-lumes a reluzir, fizeram companhia para a solitária lua cheia.

Adriano Morais
20.04.10

um vinho misturado com doses de saudades, e lá estava eu outra vez...

Hoje tomei um vinho pensando em você
Vinho suave misturado com doses de saudades não é nada bom




Logo me veio a embriaguez
Lá estava eu embriagado na vontade de te ver.

Em cantos vivia a dançar a bailarina, fugiu da caixinha
Agora em tempos vive com as borboletas cultuando a primavera
Esperando de alguém flores como um bom dia

Encanta-me a bailarina, fugiu da caixinha de música
Mas na verdade ainda baila suavemente em outra caixinha
Ao ritmo de uma musica leve e percussiva
Dança, dança bailarina, na caixinha do meu coração.

Adriano Morais
17.04.10

ahh saudade, ahh saudade de você


Ahh que saudade das rosas dançando ao vento
Que saudade do vento soprando os sinos e expulsando o tempo
O tempo uma quimera que gerou no seu momento de amor e sonho um doce bom momento
Momento que não se apega aos minutos, mas a cada minuto intensifica mais esse sentimento...
A saudade, Ahhhh saudade.

Adriano Morais
08.04.10

500g de realidade


Não senhor padeiro, não vou querer a mesma coisa dessa vez, apesar de serem recheados e cobertos com açúcar refinado, os sonhos me deixaram um pouco enjoado. Em vez disso, hoje vou querer algo mais salgado e frio, por favor me dê 500g de realidade sem fermento.
Muito obrigado.

Adriano Morais
20.04.10

Ando


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Ando, caminhando, observando, relembrando

Ando esperando enquanto poesias vou contando

Ando me expressando e minha vida vou pintando

Ando contra o tempo, por isso não estou parando

Ando certo, por isso meus pés estão encalejando

Ando errado, mas o meu caminho vou demarcando

Ando por avenidas, não sei aonde vou, mas ainda ando

Ando pelos becos, vejo pessoas e vou desabafando

Ando devagar, assim vejo quem está me esperando

Ando depressa, quem me esperava já está zarpando

Ando a procura dum gerúndio pra continuar rimando

Ando e continuo andando, mas muitos já estão corr... endo.

Adriano Morais

12.11.08